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Apenas checar plágio cometido por IA é suficiente?

  • Foto do escritor: Hebert Durães
    Hebert Durães
  • 4 de dez. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 6 de dez. de 2024

A utilização de inteligência artificial (IA) na produção de textos tem causado discussões no meio acadêmico, principalmente em relação ao plágio. Ferramentas como o ChatGPT permitem a criação de conteúdos de forma rápida, mas levantam preocupações sobre a autenticidade e a ética na elaboração de trabalhos acadêmicos. Diante disso, universidades brasileiras estão investindo em tecnologias capazes de detectar textos gerados por IA, como Turnitin e GPTZero, mas enfrentam desafios devido à falta de diretrizes nacionais que unifiquem esses esforços (Oliveira, 2024).


Imagem: Wix


Instituições de ensino, como a Universidade de Brasília (UnB), têm liderado a adoção dessas tecnologias para combater o plágio e manter a integridade acadêmica. As ferramentas utilizadas analisam padrões linguísticos e comparações textuais para identificar possíveis infrações. Apesar disso, especialistas alertam que essas tecnologias não são infalíveis e que ainda há lacunas em sua precisão, especialmente na detecção de conteúdo adaptado por humanos após sua geração inicial por IA (Carvalho, 2023).


A ausência de regulamentação nacional uniforme faz com que cada universidade desenvolva suas próprias abordagens para lidar com o problema. Algumas instituições têm implementado capacitações e campanhas educativas para conscientizar alunos e professores sobre o uso ético da tecnologia. Além disso, regulamentos internos foram revisados para incluir orientações sobre a utilização de IA em trabalhos acadêmicos, buscando equilibrar inovação tecnológica e responsabilidade ética (Silva, 2023).


Nesse cenário, especialistas defendem que é crucial avançar na elaboração de políticas nacionais que promovam a integridade acadêmica. Além disso, o letramento digital, que inclui o entendimento do uso responsável da IA, deve ser uma prioridade para alunos e docentes. Esse esforço contribuirá não apenas para o combate ao plágio, mas também para a formação de profissionais éticos e preparados para os desafios impostos pela tecnologia no século XXI (Oliveira, 2024).


Por isso, muito mais que "checar", é importante promover formação de docentes para multiplicarem a cultura de educação na utilização da IA generativa de texto. Antes de checar (investigar), é preciso educar...


Referências


CARVALHO, Lucas. O impacto da inteligência artificial na ética acadêmica. Revista Educação e Tecnologia, São Paulo, v. 12, n. 3, p. 45-56, 2023.

OLIVEIRA, Beatriz. Universidades investem em IA para detectar plágio acadêmico sem orientação nacional. R7 Notícias, 26 maio 2024. Disponível em: https://noticias.r7.com/brasilia/universidades-investem-em-ia-para-detectar-plagio-academico-sem-orientacao-nacional-26052024/. Acesso em: 4 dez. 2024.

SILVA, Ana Paula. A integridade acadêmica em tempos de inteligência artificial. Revista Brasileira de Educação, Brasília, v. 10, n. 4, p. 15-28, 2023.

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